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Por Granja Marileusa
26 setembro 2018 - 17:34 | Atualizado em 13 abril 2019 - 18:03
Uberlândia terá sua primeira indústria de balões cativos voltados para monitoramento e conectividade. A empresa paulista Altave, instalada em São José dos Campos, pretende trazer a maior parte da produção para o Município, criando em quatro anos 50 empregos diretos. A planta da fabrica ficara no Granja Marileusa.
O objetivo é aproveitar o mercado da cidade para expandir negócios. A previsão de início das atividades é para os primeiros meses de 2019. O investimento será de R$ 16 milhões para todo o planejamento, incluindo a planta da fábrica. A escolha da cidade aconteceu depois da empresa participar de um programa de aceleração com o grupo Algar.
O estudo para instalação na cidade acontece há cerca de um ano. O sócio-fundador da Altave, Bruno Avena, explicou que Uberlândia ofereceu boa infraestrutura para o tipo de negócio e que também possui mercado para o produto. A Altave é primeira e única empresa fabricante de aeróstatos cativos para monitoramento e conectividade que detém certificado de exclusividade pela Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), tanto para venda dos sistemas como para prestação de serviços.
“Uberlândia é um centro forte no agronegócio e o serviço oferecido vai ao encontro dessa demanda”, disse Avena. A produção deve chegar a 10 balões mensais, sendo que Uberlândia terá, ao fim de quatro anos, quase o dobro de funcionários que hoje estão no interior de São Paulo, os quais chegam a 29 trabalhadores. Parte da equipe deve ser deslocada para o Triângulo Mineiro, entretanto, a maioria dos colaboradores em Minas Gerais será de novos contratados.
Não houve incentivos fiscais específicos para que a empresa se instalasse na cidade. Segundo informação da Altave, a forte participação de instituições de fomento em Uberlândia foi essencial para a escolha da cidade para a expansão do negócio, bem como a grandeza do território mineiro e a oferta de mão de obra de qualidade no Estado.
Balão é usado para monitoramento aéreos ou conectividade em zonas de difícil acesso | Foto: Divulgação
Aeróstatos são balões cheios de ar quente ou de gás mais leve que o ar, o quais se elevam na atmosfera. A Altave oferece o produto voltado para segurança, como ponto de observação mais móveis que torres, ou para conexão, com o balão capturando sinais de internet para distribuir a conexão para áreas de interesse.
O balão é capaz de realizar o monitoramento de áreas como florestas e propriedades rurais. Atualmente, por meio de uma parceria com o Exército Brasileiro, ele também monitora as áreas críticas de fronteiras do país.
Além do monitoramento, o balão também disponibiliza sinal de internet até em locais isolados, dispensando a função de uma torre de sinal. “O fato de uma pessoa que está longe do centro urbano conseguir usar aplicativos como se estive nesses centros para otimizar a vida, é uma coisa muito importante”, explica o diretor da Altave Leonardo Nogueira.
A empresa é uma indústria aeroespacial brasileira que desenvolve balões cativos como plataformas aeronáuticas para uso em aplicações de inteligência, videomonitoramento, reconhecimento e telecomunicações em grandes áreas urbanas ou remotas. A empresa foi fundada por dois engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em março de 2011 e se destaca por ser a única fabricante de balões cativos do hemisfério Sul.
Em 2016, a ALTAVE ganhou notoriedade internacional em decorrência de seu sucesso na implantação de quatro balões de monitoramento persistente de grandes áreas nos Jogos Olímpicos Rio 2016, garantindo a segurança de todas as sedes olímpicas no Rio de Janeiro.
Fonte: Diário de Uberlândia | G1 Triângulo
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