Uberlândia é destaque em desenvolvimento, e crescimento populacional e imobiliário registra números expressivos

O crescimento demográfico de Uberlândia, registrado pelo censo mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reflete diretamente no desenvolvimento socioeconômico da cidade.

Por Granja Marileusa

31 janeiro 2024 - 15:37


O crescimento demográfico de Uberlândia, registrado pelo censo mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reflete diretamente no desenvolvimento socioeconômico da cidade. Este, por sua vez, gera mais expansão, formando um ciclo que torna o município um dos mais atrativos do Brasil para morar, trabalhar e empreender e, consequentemente, gera excelentes expectativas do setor imobiliário para este ano de 2024.

Com 713.224 habitantes,109.219 a mais (18,08%) em relação à contagem anterior, a cidade também registrou no período de 12 anos um aumento de 53,74% no número de domicílios enquanto no país este avanço foi de 34,21%. A disparidade entre o crescimento populacional e o do número de habitações indica que cada vez mais residem menos pessoas em cada moradia. Este fator também contribui para o aumento da demanda por imóveis residenciais na cidade.

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (Sinduscon-TAP), Pedro Spina, “Uberlândia é a cidade que mais lança e mais vende imóveis no Brasil, em números absolutos, há vários anos”, considerando cidades do interior do país. Incluindo as capitais na análise, o município mineiro oscila entre quinto e sexto lugar no ranking de vendas, segundo Spina.

Ele informou ainda que, por ano, são lançados na cidade uma média de 7 mil unidades, número correspondente à comercialização, já que não sobram imóveis à venda. “Não há estoque. O que lança, vende.” O mercado sempre aquecido – até mesmo durante a pandemia da Covid 19, quando era esperada uma retração – chama atenção de empresas nacionais do ramo imobiliário para atuarem na cidade, conforme ressaltou o presidente do Sinduscon-TAP.

Ronaldo Arantes, presidente do Sindicato da Habitação do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (Secovi-TAP), também destaca o avanço do setor de imóveis em Uberlândia, paralelamente ao crescimento da cidade em número de habitantes. Embora haja frequentes lançamentos, continua existindo uma carência de imóveis de diferentes padrões e finalidades.

Segundo ele, em 2016, houve um aumento de 18,5% na quantidade de imóveis alugados na cidade, em relação ao ano anterior, e em 2022 este aumento foi de 21%. “A projeção para o futuro da locação é fantástica”, afirmou. Uma das justificativas apontados por Arantes para a alta demanda por imóveis residências para locação é o fato de Uberlândia ser um polo de ensino superior.

População

O censo do IBGE apontou ainda que Uberlândia é a quarta cidade do interior do Brasil que mais cresceu, em números absolutos de habitantes, entre 2010 e 2022. Considerando as capitais, o Município ficou em 12º lugar.

Segunda maior cidade mineira em população (atrás apenas de Belo Horizonte), Uberlândia é também a 10ª maior do Brasil, excluindo as capitais, e a 28ª maior entre os mais de 5,5 mil municípios brasileiros. A taxa média anual de crescimento foi de 1,39%, maior que a do estado de Minas Gerais, de 0,39%, e a do Brasil, que ficou em 0,52%.

A economista Ester William Ferreira, do Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-Sociais (Cepes) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), explica que o aumento populacional está ligado aos números de nascimentos, mortes e migração.

No caso de Uberlândia, historicamente, a cidade recebe um número expressivo de pessoas de outras localidade e, segundo ela, mesmo antes da divulgação dos dados sobre o movimento migratório, é possível afirmar que este fator influenciou os números registrados pelo IBGE. “Uberlândia é um polo socioeconômico que atrai população, principalmente por sua rede de saúde, universidades e oportunidades de emprego”, afirmou.

Desenvolvimento

O caráter desenvolvimentista da cidade é demonstrado por meio de diversos levantamentos. Em 2022, o município obteve 18 índices relevantes nos setores econômico, tecnológico e da saúde. Entre eles, o ranking Brasil City Branding, feito pela Bloom Consulting, apontou a cidade como a 13ª entre as melhores para se fazer negócios. O estudo avaliou as 100 cidades com maior população naquele momento.

Dados relacionados às riquezas geradas no Município também indicam o potencial econômico de Uberlândia, o que reflete diretamente no ramo imobiliário. Conforme foi divulgado pelo IBGE no fim de dezembro de 2023, o município ocupava, em 2021, o 27º lugar no ranking do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil. Naquele ano, foram geradas riquezas superiores a R$ 43,1 bilhões, o segundo maior valor de Minas Gerais, atrás apenas de Belo Horizonte.

Recentemente, o IBGE divulgou outro dado que coloca a cidade mineira como destaque. Segundo o instituto, Uberlândia foi o município do interior do país que registrou o maior crescimento do PIB da indústria, entre 2002 a 2021. Neste período, o crescimento das riquezas geradas neste setor da economia foi de 764%, passando de R$ 1,2 milhão, em 2002, para R$ 10,5 milhões, em 2021.

José Inácio Pereira, diretor superintendente da Granja Marileusa Desenvolvedora, empresa que criou o primeiro bairro planejado de Uberlândia, localizado na zona leste, destaca que a cidade registra índices expressivos de crescimento, tanto populacional quanto socioeconômico, devido às caraterísticas de seu povo. “Uberlândia está à frente por conta da sua gente, que sonha em construir uma cidade melhor, e o setor imobiliário vem acompanhando esta pujança”.

 

Números e curiosidades:

  • Uberlândia é a 28ª maior cidade do Brasil
  • Excluindo capitais, Uberlândia é a 10ª maior cidade do país
  • Nove capitais brasileiras têm menos habitantes do que Uberlândia
  • Somente 41 cidades brasileiras têm mais de 500 mil habitantes

 

Capitais que têm população menor que Uberlândia:

  • Cuiabá (MT) – 650.912
  • Aracaju (SE) – 602.757
  • Florianópolis (SC) – 537.213
  • Porto Velho (RO) – 460.413
  • Macapá (AP) – 442.933
  • Boa Vista (RR) – 413.486
  • Rio Branco (AC) – 364.756
  • Vitória (ES) – 322.869
  • Palmas (TO) – 302.692

 

Cidades do interior que tiveram os maiores crescimentos populacionais, em números absolutos:

  • Sorocaba (SP) – 136.949
  • Parauapebas (PA) – 112.516
  • Serra (ES) – 111.382
  • Uberlândia MG) – 109.219
  • Joinville (SC) – 101.035

 

Fonte: https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/?utm_source=ibge&utm_medium=home&utm_campaign=portal